“E
o Espírito de Deus se movia sobre a face
das águas.”
(Gn 1:2)
Os
primeiros versículos bíblicos
relatam a existência de água antes da
criação do mundo. Depois da
multiplicação
de seres viventes, esse líquido essencial à vida
passou a ser controlado por
gerações detentoras de consciência
ecológica. Falta de água significa problema
social
gravíssimo.
E
saía um rio do Éden para regar o jardim; e dali
se dividia e se tornava
em quatro braços. (Gn 10)
O
homem recebeu ordens divinas para dominar
sobre toda terra. E Deus forneceu a condição de
sobrevivência. Providenciou
água em abundância. Depois do pecado que resultou
em maldição da terra, deu-se
início lutas por manter recursos naturais em
níveis suficientes para
abastecimento.
Jesus
viveu esse problema. Bebia água
de poços e entendia que o valor dela ultrapassava qualquer
meio de pagamento da
época.
Havia
também uma fonte que jorrava
água para a vida eterna, desconhecida, até
então, por todos os povos. O Filho
de Deus anuncia a uma mulher samaritana que estava a tirar
água que a sede dela
seria suprida de uma nascente invisível,
mas real. O
Espírito Santo que habitava em Jesus se tornou o mantenedor
das águas vivas que saciaria a vontade de beber daquela
mulher. E saciou.
Senhor,
dá-me dessa água, para que não mais
tenha sede e não venha aqui
tirá-la. (Jo 4:15)
O segredo
para que águas fluam do
interior é crer que há um Deus que supre
necessidades em áreas do coração
devastadas pelo adversário da alma. Ao se sentir atendida, a
habitante de
Samaria faz uma pergunta sobre adoração que levou
Jesus a responder de forma
criativa:
A hora
vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores
adorarão o Pai em
espírito e em verdade, porque o Pai procura a tais que assim
o adorem. (Jo
4:23)
Adoração
é fonte de águas vivas. Lava
o interior e traz alegria que excede todo entendimento. Em meio a
combates,
nada mais importante, do ponto de vista espiritual, que atrair a
atenção de
Deus por meio do louvor, gratidão e
exaltação de seu nome.
Evita que
a tua garganta tenha sede. (Jr 2:25)
O profeta
Jeremias alertou o povo do
benefício de se ter sede de Deus. Era preciso buscar a face
divina de forma
disciplinada e constante.
Porque o
meu povo cometeu duas maldades: a mim me deixaram, o manancial
de águas vivas, e cavaram cisternas, cisternas rotas,
que não retêm as águas.
(Jr 2:13)
Cavar
cisternas rotas é
apagar o Espírito
Santo. Abandonar a prática
de oração, jejuns e leitura bíblica
garante a maldade cometida pelos israelitas:
deixar de apagar dardos inflamados do maligno devido a
ausência da adoração. É
preciso separar tempo para sentir sede de
justiça, bondade, boas obras e retidão. Virtudes
essas que formam o rio que
brota do trono de Deus e se transformam em
bênçãos.
Ponde-vos
à margem do caminho e vede, perguntai pelas veredas antigas,
qual é o bom caminho; andai por ele e achareis descanso para
vossas almas. (Jr
6:16)
Depois
que a mulher de Samaria
conheceu Jesus, descobriu o manancial de águas vivas. Mas
foi preciso ação da
parte dela. Dirigiu-se ao poço para tirar água e
encontrou o mestre. Creu na
palavra criadora do Messias e recebeu vitória.
O que se
tem feito para eliminar cisternas que não retém
água? De que
fonte tem sido saciada a sede? Jesus é o detentor da fonte
que jorra para vida
eterna.Ele nos ordena a seguir seus passos dia após dia.
Por Auxilandia,
pastora em Cristo,
serva de Deus.
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