E tu,
Belém, terra de
Judá, de modo nenhum
és a menor entre
as
capitais de Judá, porque de ti sairá o Guia que
há de apascentar o meu povo de
Israel. (Mt .4)
O ano 735
a.C. marcou a história de Israel com
promessas da vinda do Messias
quando Miqueias anunciou a importância da
cidade de Belém em oráculo de
esperança. Era cidade humilde da terra de Judá,
mas
receberia a honra de ser administrada pelo rei Davi, homem segundo o
coração de
Deus e de cuja linhagem nasceria o Cristo.
A angústia
do profeta pela moralidade do povo em marcha avançada de
degradação foi
sublimada pela certeza da espera em Deus de um salvador que remiria
pecados.
Aquele que apascentaria o povo como o bom pastor que dá a
vida pelas ovelhas
haveria de chegar ao mundo na plenitude dos tempos.
Miqueias presenciou
colegas de ministério sucumbindo no materialismo e deixando
de lado as questões
espirituais. Mas ele se levantou como profeta de sua
geração e anunciou, com
intrepidez, um estilo de vida reto que recebesse
aprovação divina. Era preciso
abandonar a incredulidade e focar na promessa de um salvador.
José,
filho de Davi,
não temas receber tua mulher, porque o que nela
está gerado é do Espírito
Santo. E ela dará à luz um filho, e lhe
porás o nome de Jesus, porque ele
salvará o povo dos seus pecados. (Mt 1:20-21)
José e
Maria, pelo relato bíblico, eram pobres de recursos
materiais. No entanto,
receberam riquezas celestiais ao serem escolhidos para cuidarem do
menino que
cresceu na graça e no conhecimento e se tornou salvador da
humanidade.
Maria
recebeu do anjo Gabriel a notícia de que carregava no ventre
um ente que seria
chamado Filho do Deus altíssimo. Guardou todas as coisas no
coração.
José obedeceu
às divinas revelações que
recebia para proteção e guarda do menino Jesus. Classe
social, formação
acadêmica, posse de bens materiais perdem a
importância diante da honra que vem
diretamente do céu.
Há um
requisito para recepção da honra divina:
humildade, retidão, fé, submissão
à
vontade do Todo Poderoso. Belém foi escolhida por ser a
cidade de Judá que
preencheu o requisito de ser pequena em extensão
territorial, sem estrutura
comercial. Cidade humilde, no conceito dos comerciantes.
É assim que
a matemática do reino celeste funciona. Para ser elevado
às alturas, é preciso
primeiro descer. Ser pequeno aos olhos de Deus. Assim, sua potente
mão
providencia honra em tempo oportuno.
E ele
permanecerá e
apascentará o povo na força do Senhor, na
excelência do nome do Senhor, seu
Deus; e eles permanecerão, porque agora será ele
engrandecido até aos fins da
terra. (Mq 5:4)
Ser
pastor é tarefa de qualquer ser
humano que recebe vidas para dispensar cuidados, seja como
responsável, pai,
mãe, professor. Ou mesmo detentor de cargo
eclesiástico, que o apresente como mestre,
profeta, evangelista ou apóstolo.
Jesus,
o bom pastor, guiou seus discípulos mediante
orientação do Espírito Santo. E
foi engrandecido. Deixou registrado por toda eternidade palavras e
atitudes que
revelaram sua dependência no Pai Celeste.
O qual,
nos dias de sua carne, oferecendo com grande clamor e
lágrimas,
orações e súplicas ao que o podia
livrar da
morte, foi ouvido porque temia. Ainda
sendo Filho aprendeu a obediência por aquilo que padeceu. (Hb
5:7)
Temor a
Deus, sofrimento, orações e
súplicas permearam a vida de Cristo. Atitudes que lhe
garantiram o nome que
está acima de todo nome. Como a humildade precede a honra,
conforme relata o
livro de Provérbios, a obediência adquirida pela
postura de dependente dos
conselhos eternos, o fez assentar à destra da Majestade
Celeste, nas alturas.
Por Auxilandia,
pastora em Cristo,
serva de Deus.
|